segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sugestão para a Hora do lúdico na Matemática


XADREZ CHINÊS 

Aparentemente os jogos de tabuleiro surgiram por volta anos 600 na Índia. Sua origem, entretanto, parece estar ligada  as  primeiras  cidades de que  se  noticia,    alguns milhares  de  anos, nas  regiões  do antigo  Egito  e  da Mesopotâmia  (hoje  Iraque),  onde  foram  encontrados  em  escavações  arqueológicas objetos e desenhos que parecem ser ou fazer referência a jogos de tabuleiro. Há traços de que mais tarde os  jogos  tenham  aparecido  em  vários  lugares  do mundo  antigo,  tais  como  Índia, China,  Japão, Pérsia, África do Norte e Grécia. Depois, os  jogos de  tabuleiro chegaram até Roma, outros países da Europa e países árabes. 

O Xadrez Chinês, nada mais é que o “Halma”, transportado para um tabuleiro em formato de estrela. Também chamado  de  Dama  Chinesa,  segundo  bibliografia  pesquisada,  o  jogo  tem  pouco  a  ver  com Xadrez  e  aparentemente  não  foi  inventado  na  China.  Surgiu  no  século  XIX,  tornando-se  popular  em primeiro lugar na Suécia. Ele foi primeiramente patenteado no oeste de Ravensburger, a famosa companhia alemã de jogos.
 
Descrição: O jogo é constituído de um tabuleiro na forma de estrelas e 45 peões, sendo 15 azuis, 15 vermelhos e 15 amarelos e pode ser jogado em 3 ou 6 pessoas. 

Regras: 

a) Cada jogador coloca os peões de sua cor escolhida na base da mesma cor (uma das pontas da estrela), alternando as pontas, no caso de 3 jogadores. 

b) Movimenta-se um peão por vez ao longo de qualquer linha.  É permitido mover o peão para qualquer casa adjacente.  

c) Se a  casa  adjacente  estiver  ocupada  por  um  peão,  seja  ele  seu  ou  de  um  adversário,  e  a  casa subsequente estiver vaga, o jogador pode pular até ela. Um peão pode dar vários pulos na mesma jogada.  

d) O primeiro que mover todas os peões através do tabuleiro, para a  ponta oposta da estrela é o vencedor.

Ao utilizar o jogo, o professor poderá formular questões aproveitando as situações do jogo e discutir ao final os conceitos que aparecem naturalmente e também durante o jogo, o professor poderá observar seus alunos, a respeito de suas ações e raciocínio, tais como:

1 – Como a criança se organiza no espaço?  (Coloca um peão por casa, usa todo o espaço, explora diferentes regiões?)

2 – Domina o espaço do tabuleiro em termos de sentido e direção?

3 – Explora todos os lugares possíveis para a colocação e deslocamento dos peões?

4 – E capaz de considerar o adversário para coordenar ataques e defesas, ou fixa-se somente em suas próprias peças?

5 – No decorrer de uma partida, movimenta vários peões ou tem necessidade de levar um peão de cada vez até o outro lado do tabuleiro?

6 – Explora todos os movimentos que cada peão permite?

7 – Consegue realizar “séries de pulos”, coordenando várias direções e sentidos ao mesmo tempo?

8 – Considera os peões em jogo como obstáculo ou como recurso para movimentos mais longos?

Apresentamos, ainda, sugestões de questões que poderão ser levantadas e/ou situações-problemas que podem ocorrer:

1 – Como é o material que você observou? Descreva-o.
2 – Como é a organização das peças no tabuleiro antes do início da partida?
3 – Qual é o objetivo do jogo?
4 – Quais as condições para que se possa realizar um passe (movimento) longo?
5 – É possível chegar ao resultado por um caminho diferente?
6 – Conhece algum jogo análogo?
7 – Como vê o jogo?  Poderia imaginar um  jogo análogo mais simples?

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

No Xadrez Chinês podemos observar que em cada região triangular colorida (vermelho, amarelo e azul) os triângulos são distribuídos de modo a formar uma P.A. (Progressão Aritmética) de razão 2, podemos então, explorar:                                                  

Atividade 1.  Determine o número de triângulos pequenos nas pontas do tabuleiro.
Atividade 2.  Determine quantos triângulos pequenos existem no tabuleiro todo.
Atividade 3.  Determine o número de pontos que existem no tabuleiro.

Modelo da tabuleiro do Xadrez Chinês

Retirado de: http://www.bienasbm.ufba.br/OF11.pdf
 


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